Neilon Vilela Nogueira É visível a falta de cuidado com bueiros em nossa cidade por parte do poder público e da própria população que joga lixo dentro destes, que ajudam no escoamento das águas pluviais. No perímetro urbano da cidade em dias chuvosos vários são os bueiros entupidos, principalmente os das áreas mais baixas da cidade, que ficam cobertas de água, impedindo o trânsito e causando transtornos aos moradores que vivem nessas áreas.
Rua Benjamin Constant
Na Rua Benjamim Constant, próxima a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), a situação se agrava em épocas de chuva pelo fato de que as ruas não foram bem projetadas, acabam inundando, impedindo a passagem de carros e pedestres. É necessário que a população faça a volta ao redor do quarteirão, ou então enfrentem a água suja e com risco de doenças. A moradora Danymeire Carvalho moradora da Rua Antônio Aires Fávero reclama dos transtornos no período chuvoso “Quando chove, com cerca de 5 minutos a rua já inunda e como é o caminho principal para eu ir para a faculdade e voltar pra casa, o único meio é mudando o caminho e andando mais dois quarteirões”.
É de suma importância que a prefeitura faça melhorias de urgência nessas localidades que são inundadas, nesse período sem chuvas, para que quando vierem às chuvas o problema não se repita, e é de responsabilidade da população não jogar lixo nas ruas para que o transtorno não aconteça prejudicando a vida de muitos.
O WWF-Brasil e o Instituto Ecoar realizam nos dias 21 e 22 de junho, em Campo Grande (MS), a oficina Educação Ambiental em Tempos de Mudanças Climáticas. O evento tem por objetivo debater as mudanças climáticas no contexto do Pantanal e sua interface com a educação, fornecendo aos educadores conteúdo teórico e ferramentas para trabalhar o tema na escola ou organização.
Embora o tema das mudanças climáticas esteja em evidência, nem sempre ele é fácil de ser entendido no contexto local. A intenção dos organizadores é discutir com os atores regionais o que tem ocorrido e o que contribui para o agravamento das mudanças climáticas no contexto da Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai (BAP) e quais as medidas que podem ser tomadas para reduzir os efeitos dessas mudanças climáticas.
A oficina será no Hotel Vale Verde, em Campo Grande (MS), de 9h as 18h. Participam do evento, educadores com atuação na área socioambiental ou com algum trabalho relacionado, gestores públicos ligados à área, professores, membros de redes ambientalistas, profissionais que atuam com a Pegada Ecológica vinculados a trabalhos com educação ambiental.
Educação ambiental e mudanças climáticas
O cenário das Mudanças do Clima é complexo, multidisciplinar e abrangente e, de uma forma ou de outra, em maior ou menor escala, suas conseqüências afetarão a todos em todos os lugares. Estas serão tão mais dramáticas quanto menos preparado e mais pobre for um país, uma região, uma comunidade.
Por isso, é importante que a população entenda melhor as conexões existentes entre a emissão de gás carbônico de seu carro e o aumento da temperatura da Terra; o desmatamento da Amazônia e a desertificação em partes do sul do país; a imensa quantidade de lixo que produzimos e a subida do nível dos oceanos, a impermeabilização de solos e as enchentes.
Essas conexões serão debatidas no evento, que também irá discutir os desafios, os obstáculos, as oportunidades e os riscos e a necessidade de formulação de políticas públicas justas e adequadas para fazer frente a esses desafios.
A educação ambiental é uma via importante para a preservação ambiental do meio ambiente em qualquer parte do planeta. Ações como a WWF são louváveis por incentivar a preservação ambiental em todos os âmbitos.
Ações de educação ambiental já provaram que mudam realidades onde são implantadas, por criar uma consciência de ações preventivas e de mudanças de realidades que já estão comprometidas. Em várias partes do pais ações de escolas,ONGs, de instituições privadas e de outras instituições, já mudam a realidade de vários locais pela educação ambiental.
Esse tipo de educação vem sendo cada vez mais utilizado entre crianças e adolescentes e vem dando resultados expresivos em locais onde esse público convive, mudando hábitos e criando uma consciência crítica sobre a importância de todos participarem da conservação do meio ambiente.
Uma empresa vinculada a um empresário japonês pagou a conta do hotel do presidente da Comissão Baleeira Internacional (CBI), afirmou neste domingo (20) o Sunday Times, revelando novas acusações de corrupção, às vésperas de uma reunião crucial da instituição.
Segundo o jornal dominical britânico, a Japan Tours and Travel Inc, uma companhia americana com sede em Houston (Texas), vinculada ao empresário japonês Hideuki “Harry” Wakasa, pagou adiantado cerca de 6.000 dólares para a estadia de Anthony Liverpool, presidente interino da CBI, em Agadir, localidade costeira marroquina onde começará na segunda-feira (21) a reunião anual da comissão.
Quando Liverpool, embaixador de Antigua e Barbuda no Japão, chegou ao hotel Atlas Amadil Beach de Agadir em 13 de junho, sua conta já tinha sido paga por 15 dias, afirma o Sunday Times.
Questionado por um jornalista da publicação, o presidente interino da CBI não negou que a empresa tivesse pagado sua fatura, mas afirmou que não se tratava do governo japonês.
O Sunday Times já tinha afirmado há uma semana dispor de provas que demonstram que representantes africanos e caribenhos tinham aceitado votar a favor da caça às baleias depois de ter recebido promessas de ajuda do Japão, além de dinheiro e prostitutas.
A CBI reúne-se a partir de segunda-feira em Agadir para estudar uma flexibilização – defendida pelo Japão – da moratória sobre a caça às baleias, em vigor desde 1986. Com a condição de limitar a caça aos três países – Noruega, Islândia e Japão – que a praticam atualmente com pretexto “científico”, a CBI lhes ofereceria nos 10 próximos anos cotas que legalizariam sua atividade, especialmente no oceano austral, declarado “santuário” desde 1994. Assim, todas as formas de caça passariam por seu controle. (Fonte: Yahoo!)
A pesca a baleias já fez parte da tradição japonesa em consumir aquele tipo de carne e utilizar a gordura para diversos fins. Mas já a tempos a comunidade mundial e as ONGs lutam contra a pesca das baleias, que já foi repudiada pela ONU.
Mas mesmo com a intensa campanha contra os navios baleeiros japoneses, essa prática ainda perdura em águas do Japão e até mesmo adentrando as águas internacionais e chegando próximo ao litoral australiano,chegando a iniciar um “desconforto” de ralações entre o Japão e a Austrália, que não permite tal pesca em suas águas.
Tal prática demonstra a falta de consciência ambiental que certos países que se dizem desenvolvidos, mas ainda praticam a barbárie sem necessidade, já que hoje temos meios de suprir tais necessidades que a carne e a gordura da baleia proporcionam
O derretimento do gelo na região ocidental da Antártida contribui para o aumento em 10% do nível do mar, segundo analistas britânicos, que identificaram a geleira da ilha de Pinos como fonte principal.
Assim assinala um estudo feito pelo Serviço Antártico Britânico (BAS), o Observatório da Terra Lamont-Doherty e o Centro Oceanográfico Nacional (LDEO) publicado no último número da revista científica “Nature Geoscience”.
Como parte desta pesquisa, os analistas utilizaram um veículo submarino não-tripulado para chegar até a base do gelo flutuante e fizeram medições submarinas, que revelaram a presença de uma base submarina de dimensão entre 300 e 400 metros.
No entanto, nas últimas décadas a geleira foi desligada desta base, o que permitiu transportar gelo em maior velocidade, de acordo com o estudo.
Também permitiu que águas quentes oceânicas profundas pudessem fluir sobre a crista submarina e ficassem sob a camada de gelo.
Estas águas quentes, apanhadas sob o gelo flutuante, estão derretendo a camada de gelo, o que está causando o derretimento e aceleração da geleira, indica a pesquisa.
Adrian Jenkins, cientista do BAS que liderou a análise, assinalou que a investigação coloca a dúvida a perda de gelo correspondente à mudança climática ou se é um processo de longo prazo que começou quando a geleira se desligou da base.
“Não sabemos que foi o que iniciou o retrocesso da base, mas sabemos que começou em algum momento antes de 1970″, acrescentou. (Fonte: Yahoo!)
A partir de tais estudos feitos na década de 1990 a visão ambiental para o aquecimento global deu uma guinada, deixando muitos cientistas alarmados pelos registros catastróficos dos diversos estudos sobre o aquecimento global, principalmente em áreas polares.
Tais regiões polares são o “termômetro” do aquecimento do planeta, dando base a estudos como esse citado na reportagem. Esses dados alimentam ainda discussões sobre preservação ambiental a cerca do crescimento vertiginoso da temperatura planetário, que segundo estudos além do aumento do nível do mar, faz com espécies marinhas desapareçam pelo aumento da temperatura oceânica, principalmente dos corais que produzem oxigênio para atmosfera. Imagens de satélites já demonstram que várias localidades com grande quantidade de corais já desapareceram como no litoral australiano.
Sendo assim, se não houver políticas de diminuição de lançamentos de poluentes na atmosfera o todos os seres vivos sofreram pelas mudanças climáticas que já pairam mudando a vida de muitos, em várias regiões do planeta.
Organizações não-governamentais ambientalistas enviaram nesta terça-feira (dia 15) uma "carta-consulta aberta" aos candidatos à Presidência sobre das mudanças no Código Florestal brasileiro. No documento há críticas à proposta de Aldo Rebelo de que os estados da federação tenham maior autonomia na decisão dos percentuais de reserva legal nas propriedades rurais. Além disso, os ambientalistas lembram que se aprovado, o projeto deve anular os efeitos da lei 12.187, que estabeleceu a Política Nacional de Mudanças Climáticas e prevê a redução de até 38% das emissões de gases de efeito estufa no país.
Leia reportagem sobre as propostas de Aldo Rebelo
O documento circulou no mesmo dia em que a Comissão Especial que analisa as propostas de mudança no Código Florestal reuniu-se na Câmara dos Deputados. Devido ao pedido de vistas ao projeto feito por diversos deputados, a votação do relatório de Aldo Rebelo só ocorrerá na próxima segunda, dia 21.
Coincidência ou não, a consulta aos presidenciáveis ocorre também no momento em que os jornais publicam declarações da ministra do Meio Ambiente de que o presidente Lula não apoia a votação da matéria neste ano, alegando não ser tema para ano eleitoral . O pepino vai sobrar para o próximo.
As causas das agressões ao meio ambiente são de ordem política, econômica e cultural. Nesse período político que se aproxima diversas são as promessas para a preservação ambiental, principalmente fazem menção a criação de leis que protejam o meio ambiente, mas infelizmente o que falta é ser cobrada a efetivação de leis, desta forma dando base a uma proteção mais eficiente a cerca das questões ambientais.
Todavia, essa ganância tem um custo alto, já visível nos problemas causados pela poluição do ar e da água e no número de doenças derivadas desses fatores.
A preocupação com o meio ambiente caminha a passos lentos no Brasil, ao contrário dos países desenvolvidos, principalmente em função de prioridades ainda maiores como, p. ex., a pobreza .As carências em tantas áreas impedem que sejam empregadas tecnologias/investimentos na área ambiental. Dessa forma, estamos sempre atrasados com relação aos países desenvolvidos e, com isso, continuamos poluindo.
Bonn, Alemanha, 31 de maio - Este mês de junho será importante para dar novo impulso aos esforços globais em prol de um futuro de baixo carbono e com segurança climática, declara a Rede WWF.
As negociações sobre clima na esfera da ONU, que começam hoje em Bonn, e as Cúpulas do G8 e G20 na última semana deste mês, poderão estimular significativamente uma série de avanços que são essenciais para conseguir o tão almejado acordo global sobre clima e acelerar a conquista de um futuro de baixas emissões de carbono.
"O mês de junho pode marcar a virada nas políticas sobre clima depois de um período de confusão e exames de consciência que se seguiu à conferência de Copenhague" afirmou Kathrin Gutmann, Coordenadora de Políticas da Iniciativa Global de Clima da Rede WWF.
"A Conferência de Copenhague não produziu o tratado ambicioso de que o mundo precisa. No entanto, o diálogo sobre alguns dos elementos críticos do pacote de negociação nos colocou muito próximos de um acordo adequado.Neste sentido, o reinício das negociações em Bonn precisa ser a retomada do caminho para avanços concretos até a COP16 em Cancún, México, ao final do ano", acrescentou.
A Rede WWF considera que os negociadores em Bonn poderão avançar e praticamente concluir alguns dos debates mais importantes, como a proteção das florestas via mecanismos de apoio à redução de emissões de desmatamento e degradação florestal (a agenda REDD+) e sobre o financiamento para atividades que visam a resiliência climática e o desenvolvimento de baixo carbono nos países em desenvolvimento.
"Estamos muito próximos de um acordo para zerar a destruição de florestas e que permita nos preparar para lidar com um clima em transformação por meio de estratégias de adaptação", diz Gutmann.
"Se conseguirmos avançar com essas questões nas negociações em Cancún em Dezembro, o mundo estará numa posição muito boa para inserir esses elementos-chave nos termos de um acordo global a ser firmado na cúpula seguinte, na África do Sul em 2011. Esta é uma data importante, já que o fim do primeiro período de compromisso do Protocolo de Kyoto é 2012 e as decisões sobre novas metas precisam ocorrer antes deste prazo."
O WWF recomenda também uma abordagem passo a passo para acabar com a enorme discrepância (gigatonne gap) entre as reduções de emissões que os países signatários do Tratado de Copenhague se comprometeram a praticar e os níveis que são efetivamente necessários para garantir um futuro com resiliência climática.
"Os países só vão superar o desafio dos 'gigatonnes' se eles acelerarem a transformação das economias para operarem com baixas emissões de carbono, fecharem as brechas que enfraquecem seus Planos de Ação Nacionais e trabalharem unidos para estender os efeitos dos seus esforços de transformação, incluindo fontes de poluição adicionais que não foram regulamentadas até o momento", declara Gutmann.
A 'festa' no México para dissipar as tristezas deixadas pela conferência de Copenhague vai depender muito de financiamento para as ações relacionadas ao clima. Neste sentido, as cúpulas do G8 e G20 no Canadá, ao final do mês de junho, terão máxima relevância.
Os chefes de Estado terão a incumbência de identificar novas fontes de financiamento, como impostos sobre transações financeiras ou taxas sobre as emissões produzidas por diferentes setores não regulados até hoje, como o transporte marítimo e a aviação. Além disso, precisam também discutir a transferência dos fundos que subsidiam combustíveis fósseis altamente poluentes para novas e inovadores tecnologias energéticas. Dessa forma estarão alinhando suas agendas econômicas e ambientais e impulsionando os avanços rumo um futuro de baixo carbono.
"Aproveitar as reuniões do G8 e o G20 para mobilizar fundos para financiar desenvolvimento limpo e utilizando as discussões em Bonn para definir os blocos de consenso que servirão para a construção de um acordo global sobre o clima, poderá restaurar à comunidade internacional, um ambiente de confiança que se perdeu durante o desastre na Dinamarca em dezembro do ano passado", opina Gutmann.
Ao Brasil, cabe uma lição de casa importante. Os avanços observados no ano de 2009, com a definição de metas e aprovação de legislação que estabelece a Política Nacional de Clima e o Fundo Clima precisam sair do papel. "As ações do governo no âmbito interno precisam estar alinhadas, embasar e ajudar a orientar a nossa política externa sobre mudanças do clima", afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. "Aguardamos a divulgação dos dados do segundo inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa, anunciados pelo Governo para os últimos meses de 2010. Estas informações devem orientar a definição de planos de ação setoriais para redução de emissões de gases de efeito estufa. Cabe, então, ao Governo Federal estabelecer um amplo diálogo com a sociedade, com engajamento adequado de todos os setores. Desta forma, podemos de fato estabelecer compromissos do país, não só de Governo, com nossas metas de redução de emissões e com uma economia baseada cada vez mais em baixas emissões de carbono", concluiu Hamú.
Enquanto não houver um consenso entre as nações mais ricas em diminuição de CO2 e outros poluentes atmosféricos, não haverá mudanças positivas na situação do planeta, dando a países como Estados Unidos e China,que são os maiores poluidores, regras rígidas de emissão de poluentes, metas que são propostas por vários ambientalistas e também estudos feitos pelos diversos organismos pró meio ambiente.
A responsabilidade é de todos, deve haver uma cooperação mútua entre as nações, não somente os grandes poluidores, mas os futuros grandes poluidores como é o caso do Brasil que está crescendo a produção de CO2 pela queima de florestas e pelo vertiginoso crescimento industrial.
Os sinais estão visíveis de que o meio ambiente precisa ser cuidado o mais rápido possível, porque os desastres ambientais estão sendo em escala global, atingindo a todas as nações e não somente os países que poluem mais. Pois o consenso em reuniões destas sobre discussão ambiental é de suma importância é de suma importância para não desaparecermos.
A produção agrícola do Brasil deverá registrar o maior crescimento mundial, de mais de 40% até 2019, na comparação com o período entre 2007 e 2009, segundo um relatório conjunto da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta terça-feira (15).
“É no Brasil que a alta da produção agrícola será, de longe, a mais rápida”, afirma o documento Perspectivas Agrícolas 2010-2019, divulgado pelas duas organizações.
De acordo com o relatório, a agricultura russa deve crescer 26% até 2019. Os setores agrícolas da China e da Índia também devem registrar um aumento significativo nesse período, de 26% e 21%, respectivamente.
Já a produção agrícola da União Europeia deve registrar uma expansão de menos de 4% até 2019, segundo o relatório, que classifica o desempenho como “estagnado”.
“O aumento da produção agrícola mundial deverá ser menos rápido durante a próxima década do que nos últimos dez anos, mas ela deverá, no entanto, permitir o crescimento de 70% da produção mundial de alimentos até 2050, como exige o crescimento demográfico previsto”, afirma o relatório.
Etanol – O documento demonstra que o Brasil deve ampliar ainda mais suas atividades em setores agrícolas onde já atua com destaque. Um deles é o da produção de etanol, que deve crescer 7,5% por ano no Brasil no período entre 2010 e 2019.
“O Brasil, com sua indústria baseada na produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, deverá ser o principal exportador mundial. Uma parte dessas exportações deve transitar pelos países do Caribe com destino aos Estados Unidos para se beneficiar de condições preferenciais de importação”, diz o relatório.
Segundo a FAO e a OCDE, “o aumento do comércio internacional de etanol vai resultar quase totalmente do crescimento das exportações brasileiras”.
O documento afirma ainda que “40% do aumento da produção mundial de etanol deve ser realizado graças ao aumento da produção baseada na cana-de-açúcar, principalmente do Brasil, para atender a demanda doméstica brasileira e americana”.
Oleaginosas – Outro setor agrícola em que o Brasil deverá ter maior destaque é o dos oleaginosos (soja, milho, óleos vegetais). Durante a próxima década, 70% do aumento das exportações mundiais de grãos oleaginosos devem vir do Brasil.
As exportações brasileiras do produto devem passar de 26% do total mundial em 2010 a 35% em 2019, diz o relatório.
“O Brasil deverá se tornar o primeiro exportador mundial de grãos oleaginosos, ultrapassando os Estados Unidos em 2018.”
O país também deverá ampliar sua posição, já forte, no mercado mundial de açúcar, representando 50% do comércio internacional na próxima década.
O Brasil terá ainda um papel significativo no aumento do comércio mundial de carnes, contribuindo “sozinho com 63% das exportações de países que não integram a OCDE e com um terço das exportações mundiais”, diz o relatório.
O documento afirma também que os preços dos produtos agrícolas voltaram a cair, após os níveis recordes atingidos há dois anos, durante a crise alimentar, mas ressalta que “é pouco provável” que eles voltem aos níveis médios da década passada.
Os preços médios devem permanecer mais elevados e as preocupações em relação à segurança alimentar persistem, afirmam as duas organizações.
O Brasil se torna hoje um dos maiores produtores de grãos do mundo, tanto que já vinha sido esperado todo esse crescimento, pelas várias usinas de etanol instaladas em várias localidades do país, principalmente na região Centro Oeste que o crescimento foi exorbitante.
A partir do crescimento agrícola no Brasil que vinha crescendo desde a década de 1970, com a expansão da fronteira agrícola, a região sofreu muito diminuindo os recursos naturais dessa região de cerrado, obrigando animais em ficar em pequenas porções de cerrado que ainda resta em reservas e parques. A situação de descaso ambiental é gritante, por vontade da maioria dos produtores só pensar na sua própria produção e reservarem partes pífias de suas terras para uma APP (Área de Preservação Permanente), fazendo com que espécies desapareçam de certa região pela própria ganância.
Deve haver uma política ambiental com leis mais punitivas, e que haja formas de se proteger mais biomas como o cerrado, que é um dos mais degradados do país, além de criar uma consciência ambiental, para que todos olhem o meio ambiente como algo importância para a sobrevivência humana. Conscientizar é necessário e se faz necessárias ações rápidas do governo e da sociedade, para que melhore a relação de produção e consciência ambiental.
Uma pesquisa feita por cientistas norte-americanos aponta que o fluxo de água na bacia do rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e deságua no nordeste do Brasil, caiu 35% no último meio século. O estudo, que será publicado no próximo dia 15 de maio no Journal of Climate, da Sociedade Meteorológica Americana, foi feito por pesquisadores do National Center for Atmospheric Research (NCAR), que fica no Estado americano do Colorado.
Eles analisaram dados coletados entre os anos de 1948 e 2004 nos 925 maiores rios do planeta, e concluíram que vários rios de algumas das regiões mais populosas estão perdendo água.
De acordo com os pesquisadores, a bacia do São Francisco foi a que apresentou o maior declínio no fluxo de águas entre os principais rios que correm em território brasileiro durante o período pesquisado.
Neste mesmo período, o fluxo de águas na bacia do Amazonas caiu 3,1%, enquanto as bacias de outros rios brasileiros apresentaram uma elevação na vazão.
O fluxo de águas no rio Paraná (que termina na Argentina), por exemplo, apresentou um aumento de 60% no período pesquisado, enquanto a bacia do Tocantins registrou um acréscimo de 1,2% em sua vazão.
Segundo o cientista Aiguo Dai, o líder da pesquisa, esta variação está relacionada principalmente a mudanças na quantidade de chuvas nas regiões das bacias.
São Francisco
Estas alterações nos níveis de precipitações, de acordo com o pesquisador, estariam relacionadas, principalmente, ao fenômeno meteorológico El Niño, que consiste em um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico e que afeta o clima da região e do planeta.Dai afirma que, entre 1948 e 2004, a região da bacia do rio São Francisco apresentou uma leve queda nos níveis de precipitações e um grande aumento de temperatura.
Estes dois fatores contribuíram para o grande declínio do escoamento do rio. Segundo ele, o aumento das temperaturas eleva a evaporação, e assim, reduz o fluxo de água do rio.
"Eu avalio que algumas destas mudanças na temperatura e nas precipitações estão relacionadas às mudanças nas atividades do El Niño, mas não todas elas", afirma o cientista.
Água
De um modo geral, o estudo aponta que alguns dos rios mais importantes do planeta e que abastecem áreas populosas estão perdendo água. Um terço dos 925 rios pesquisados apresentaram mudanças significativas nos fluxos de água no período, sendo que aqueles que perderam vazão ultrapassam os que ganharam em uma proporção de 2,5 para 1.
Entre os rios que apresentaram declínios na vazão estão alguns que servem a grandes populações, como o Amarelo, na China, o Niger, na África, e o Colorado, nos Estados Unidos. Em contraste, os pesquisadores constataram um aumento considerável na vazão de rios em áreas pouco habitadas no Oceano Ártico.
Entre os que permaneceram estáveis ou que registraram um pequeno aumento no fluxo de água estão o Yang Tsé, na China e Bhrahmaputra, na Índia.
Segundo os pesquisadores, muitos fatores podem afetar a vazão desses rios, incluindo barragens e o desvio de água para a irrigação.
Mas, de acordo com os dados da pesquisa, em muitos casos, a redução no fluxo de água pode estar relacionada às mudanças climáticas globais, que alteram os padrões de chuvas e os níveis de evaporação.
"A redução na vazão aumenta a pressão sobre as reservas de água doce em grande parte do mundo, especialmente em um momento em que a demanda por água aumenta por causa do crescimento da população. A água doce é um recurso vital, e a tendência de queda é motivo de preocupação", diz Aiguo Dai.
Pesquisas anteriores feitas em grandes rios, no entanto, apontavam que a vazão global dos cursos de água estaria aumentando.
O rio São Francisco é considerado um dos patrimônios naturais brasileiros que nasce e percorre vários estados, sendo este importante para o transporte fluvial e abastecimentos de várias regiões, principalmente a semi-árida. Desde que programas governamentais de transposição de suas águas foram cogitados vários protestos surgiram principalmente com a alegação da diminuição do seu leito prejudicando a vida do rio.
Notícias como as do aquecimento global que atinge diretamente a quantidade água do rio, já nos alerta ainda mais para as moléstias vividas pelo velho Chico, dando bases a necessidade de uma mudança de mentalidade, principalmente governamental para preservação de suas águas e repensar sobre projetos de transposição de suas águas.
È necessário que se crie uma consciência ecológica consistente nas necessidades e realidades que o São Francisco enfrente para que possa ser preservado o rio que dá vida e faz a histórias de várias localidades do Brasil.
Um estudo publicado na revista científica PloS One (www.plosone.org) identificou o Brasil como um dos países que mais causam danos ao meio ambiente. A pesquisa, intitulada "Evaluating the Relative Environmental Impact of Countries", foi produzida por pesquisadores da Universidade de Adelaide, Austrália, e publicada no dia 9 deste mês. O artigo compara o estado da degradação do meio ambiente em mais de 170 países, utilizando diversos critérios, como crescimento da população de cada país, desmatamento, poluição marinha e perda da biodiversidade. O documento também apresenta dois rankings de países que mais causam impacto à natureza. Segundo os autores, o objetivo do ranking é identificar as nações mais bem sucedidas na condução de políticas para reduzir a degradação ambiental, e também apontar as políticas que falharam. "Nosso objetivo aqui é apresentar métricas simples para medir os impactos ambientais - absolutos ou proporcionais - dos países", diz o estudo, em livre tradução do inglês. Em uma das listas, a que considera o impacto ambiental de maneira absoluta, isto é, sem considerar o tamanho do país ou a quantidade de recursos naturais disponíveis, o Brasil foi classificado como o país que causa mais impacto no meio ambiente. O principal motivo para que o Brasil tenha sido considerado o pior para o meio ambiente, na lista absoluta, é o desmatamento. O país é o primeiro no critério de perda de floresta natural e o terceiro em conversão do habitat natural. O Brasil também foi classificado como quarto no total de espécies ameaçadas e na quantidade de emissões de CO2. "De uma perspectiva global, os países mais populosos e economicamente influentes tiveram o maior impacto ambiental absoluto: Brasil, EUA, China, Indonésia, Japão, México, Índia, Rússia, Austrália e Peru foram os 10 países pior classificados", diz o artigo. A segunda lista classifica os países levando em conta seu impacto proporcional ao total de recursos naturais presentes em cada país. Nessa classificação, o Brasil não aparece entre os 20 piores. "Este índice classifica os seguintes países como tendo o maior impacto ambiental proporcional: Cingapura, Coréia, Qatar, Kuwait, Japão, Tailândia, Bahrain, Malásia, Filipinas e Holanda", diz o estudo. De acordo com a pesquisa, existe uma relação, indicando que os países que mais degradam o meio ambiente são aqueles com maior população e maior riqueza. "Os resultados também mostram que a comunidade mundial deve incentivar os países menos desenvolvidos a um melhor desempenho ambiental, especialmente na Ásia", diz o artigo. Isso porque seis países asiáticos aparecem no topo, tanto da lista proporcional quanto daquela que avalia o impacto ambiental absoluto: China, Indonésia, Japão, Malásia, Tailândia e Filipinas. http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=355248
Tais dados mostrado pela pesquisa australiana só confirmam o que vemos sobre degradação ambiental no Brasil, um descaso muito grande por cada bioma, principalmente tais como o cerrado que mais sofreu nas últimas décadas pela expansão da fronteira agrícola, e que infelizmente não foi “protegido” pela Constituição de 1988, sendo um dos biomas mais destruídos do Brasil.
Pelo crescimento populacional que o Brasil vem registrando é normal que uma população em crescimento precise mais de recursos para se manter, mas olhando para realidade as degradações ambientais consideráveis do país fica por conta da ambição desmedida de poucos que se interessam somente pelo lucro exacerbado, burlando leis ambientais vigentes, tais exemplos vimos na mídia com a operação Jarupari, que prendeu vários políticos ligados a dar licença a revelia para os desmatamentos em áreas de proteção ambiental.
Sendo assim, percebemos que o Brasil sofre com a perda da biodiversidade por falta de compromisso e corupção de vários políticos que se importam com o bem próprio deixando de lado o meio ambiente tão rico que temos em nosso território, que vai sendo dilacerado por interesses individuais e mesquinhos
Por Paul Virgo, da IPS Roma, 24/5/2010 – Destacar o vínculo entre diversidade agrícola e segurança alimentar em um contexto de mudança climática foi um dos principais objetivos da Semana da Biodiversidade, que terminou ontem em Roma. Convocada pela organização não governamental Bioversity International, com sede na capital italiana, a Semana antecedeu a celebração, no dia 22, do Dia Internacional da Diversidade Biológica.
A perda de biodiversidade constitui uma enorme ameaça à segurança alimentar e, em definitivo, à sobrevivência da espécie humana, bem como de milhões de plantas, animais e bactérias com as quais compartilhamos o planeta. “A perda de biodiversidade não é apenas uma questão de proteger paisagens e espécies. Também se trata de assuntos agrícolas dos quais dependemos para cultivar nossos alimentos”, disse à IPS Marco Contiero, do Greenpeace. Está previsto que o aumento da frequência de eventos climáticos extremos exigirá uma luta em várias frentes para a segurança alimentar.
Isto significa que, embora a tecnologia dê aos agricultores a solução para uma dessas frentes, por exemplo, com sementes geneticamente modificadas para resistir às secas, este cultivo correrá o risco de se perder quando enfrentar outro problema, como um excesso de chuvas ou um período frio fora de temporada. Para piorar as coisas, a mudança climática pode prejudicar mais as áreas que já sofrem insegurança alimentar, como África subsaariana e Ásia austral.
A biodiversidade pode fornecer a resposta em vários sentidos, dizem alguns especialistas. Primeiro, combinar vários cultivos em uma mesma área dá aos agricultores uma espécie de “chancela”, já que aumenta as chances de pelo menos uma parte da colheita conseguir resistir às pressões. Isto não ocorre com as monoculturas. Deste modo, os agricultores poderiam produzir menos em determinado ano, mas garantiriam maior rendimento no médio prazo, segundo vários estudos.
A diversidade de espécies também reduz a ameaça de pestes e enfermidades, ao diluir a disponibilidade de potenciais organismos receptores, e melhorar a fertilidade dos solos. Portanto, reduz a necessidade de herbicidas, pesticidas e fertilizantes, que são caros e prejudiciais para o meio ambiente. Também é importante para o aspecto nutricional da segurança alimentar.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) diz que no mundo são mais de um bilhão de pessoas que sofrem fome, três quartos das quais são pobres que vivem em áreas rurais de países em desenvolvimento. E a quantidade de maus nutridos por culpa de dietas de má qualidade é muito maior.
“Os agricultores pobres não têm reservas, e a biodiversidade é a principal ferramenta que possuem para lidar com o risco. Assim, é preciso olhar a diversificação agrícola com um enfoque muito diferente, que se baseie no uso da diversidade”, afirmou à IPS o diretor-geral da Bioversity International, Emile Frison.
“Há múltiplos benefícios que podem derivar disto, não apenas do ponto de vista de uma agricultura mais sustentável, mas também pelas vantagens de ter uma agricultura diversificada, que leve a uma dieta diversificada. Isto é essencial para a boa nutrição e a saúde, e está se convertendo em um problema extremamente importante em muitos países em desenvolvimento”, acrescentou.
Algo crucial é que a diversidade de cultivos também permite aos produtores ver quais plantas se adaptam melhor às condições climáticas variáveis, para fazer com que suas práticas evoluam junto aos impactos locais do efeito estufa. É por isto que reverter a perda de biodiversidade não é apenas um imperativo para os dois bilhões de habitantes de países pobres cujo sustento depende dos pequenos estabelecimentos agrícolas.
Embora a biodiversidade enfrente muitas ameaças, entre elas a urbanização, o desmatamento e a contaminação, é possível que os maiores vetores de sua redução sejam a modernização agrícola e a simplificação das dietas. Segundo a FAO, isto levou a uma situação em que uma dezena de espécies fornece 90% das proteínas animais consumidas no mundo, e apenas quatro variedades de cultivos proporcionam metade das calorias de origem vegetal incluídas na dieta humana.
Dessa forma, o fornecimento de alimentos das populações dos países ricos também está cada vez mais vulnerável, já que a agricultura tem menos recursos de adaptação aos desafios ambientais como a mudança climática e a escassez hídrica. “Os estudos mostram que, se continuarmos perdendo biodiversidade no mesmo ritmo de agora, até 2050 enfrentaremos um custo igual a 14 bilhões de euros”, disse Contiero.
A FAO estima que no último século se perdeu cerca de três quartos da diversidade genética dos cultivos agrícolas. Muitos crêem que chegou o momento de uma mudança radical no modo como se produz os alimentos. “Precisamos de um modelo agrícola diferente”, baseado na diversidade, afirmou Frison.
Kanayo Nwanze, presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, disse que “os pobres das áreas rurais e suas comunidades não só dependem da biodiversidade agrícola como também são importantes guardiões da mesma”. IPS/Envolverde http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=74988&edt=57
Com as constantes mudanças climáticas várias espécies de seres vivos irão desaparece, incluído aquelas que diretamente auxiliam o ser humano no trato de doenças e até mesmo da sua dieta alimentar, como o texto nos chamou atenção. Desta forma caminhamos provavelmente para a extinção de nossa espécie.
No século XIX quando Thomas Malthus previa que o homem passaria fome por motivos de crescimento exagerado de sua espécie enquanto os alimentos diminuiriam, mas isso não aconteceu por vários avanços tecnológicos, mesmo que hoje ainda várias pessoas passam fome por falta de distribuição e cuidado com os alimentos. Sendo assim mesmo a teoria malthusiana não se concretizando como foi exatamente formulada, abriu a visão para nossa preocupação com o abastecimento humano no futuro nos fazendo nos preocupar com o que estamos perdendo por falta de cuidado com o meio ambiente não só nos tornamos destruidores da nossa espécie, mas até mesmo outras que dividem o planeta conosco prejudicando o ciclo biológico do planeta.
Nada encarna melhor o espírito dos jogos olímpicos do que os projetos ambientais do Rio de Janeiro. Só têm metas de superação. O governo do estado anuncia agora para 2016 que vai despoluir a baía de Guanabara. Será a segunda despoluição em pouco mais de duas décadas. Um recorde: a Guanabara já é a baía suja mais despoluída do mundo.
A primeira despoluição foi um fiasco retumbante. Previa, nos anos 90, que a baía viraria o milênio com a renda de suas colonias de pescadores duplicada, graças à troca de garrafas PET por cardumes de peixes. O preço dos terrenos em sua orla iria disparar, com a disputa de um lugar na primeira fila diante da vista que tornou famosa a cidade, séculos antes que os cariocas debandassem para a Zona Sul.
Quando venceu o prazo contratado com a Agência de Cooperação Internacional Japonesa e outras fontes de financiamento externo, a despoluição tinha afundado nas transações insondáveis que, logo na largada, em 1993, levaram o governo Leonel Brizola a tirar aquela dinheirama toda da órbita das licitações, convidando empreiteiras de confiança para dividir o bolo.
E assim o programa chegou ao governo Anthony Garotinho reduzido a uma caricatura chamada piscinão de Ramos, um oásis recreativo de água do mar filtrada, no meio do esgoto in natura e do lixo doméstico. Na ocasião, o arquiteto e doutor em administração pública Manuel Sanchez calculou que atender com cerca de 200 piscinões a mesma população que poderia usar diretamente a baía, se ela estivesse limpa e balneável, custaria US$ 1 bilhão.
O estado a essa altura gastara US$ 1 bilhão para convencer 93,6% dos cariocas, no ano 2.000, que a Guanabara continuava “muito suja”. Para isso, abraçou a baía com usinas de tratamento, que aparecem bem nas fotos de inauguração. Mas não ligou com as estações as redes de esgoto, porque obra embaixo da terra não dá voto.
As margens que seriam valorizadas favelizaram-se. Surgiram favelas abaixo da linha de maré alta. Mais de oito milhões de pessoas se habituaram a despejar dez toneladas de lixo por dia nos rios que desaguam nos valões da Guanabara. Sua profundidade média caiu para menos de seis metros.
Em compensação, ao escrever a nova constituição estadual em 1989, os políticos deram à baía o título de Área de Proteção Ambiental e Interesse Ecológico Revelante. E isso ela é. Só falta drenar os canais assoreados por lama tóxica. Tirar da água quase dois milhões de metros cúbicos de depósitos poluentes. Trocar por esgotos os rios moribundos que, em 1502, levaram o navegador Duarte Coelho a anunciar a descoberta de um paraíso cercado de “boas águas” por todos os lados.
Principalmente, segundo o geógrafo Elmo Amador, falta reflorestar suas margens, não só para devolver-lhe uma tênue lembrança da paisagem original, como sobretudo para recompor os filtros naturais dos 100 quilômetros quadrados de restingas e mangues que ela perdeu.
Parece coisa demais para fazer em seis anos. Sobretudo depois de gastar tanto crédito e tanta credibilidade. Mas, como em Olimpíadas o importante é competir, o Rio de Janeiro poderia entrar nesta nova corrida plantando a primeira muda dos 24 milhões de árvores que prometeu para 2016 em outubro do ano passado.
Um dos cartões postais do Rio de Janeiro e do Brasil a Baía de Guanabara se tornou alvo de promessas políticas de despoluição há vários anos, passando de governo a governo tais promessas, sendo hoje um dos pontos culminantes na mudança da estética da cidade do Rio de Janeiro para os Jogos olímpicos de 2016, que receberão milhares de atletas e turistas na cidade maravilhosa. Desta forma como apresentada na reportagem vamos ver “novas” promessas de despoluição das águas da Guanabara como o carro chefe das mudanças significativas que o Rio deve ter até o início dos jogos olímpicos.
Há falta de projetos consistentes e fora de interesses politiqueiros, falta uma política séria sobre a questão da despoluição e conservação, para que realmente possamos notar tal despoluição da baía. Há vários projetos sérios no mundo que deram certo em locais que já eram dados como perdidos, como por exemplo, do rio Tâmisa na Inglaterra que passou por volta de 150 anos por um processo de despoluição sério e permanente, gasto milhares e milhares de libras para que a despoluição acontecesse. Tais iniciativas deveriam ser imitadas no Brasil para situações não só da Baía de Guanabara, mas de rios como o Tietê. Porque a despoluição não acontece em pouco tempo, mas sim em vários anos de investimentos sérios, e fica difícil ter uma certeza que a Guanabara será despoluída até os Jogos Olímpicos de 2016.
Acordo ambicioso e inédito entre a Associação de Produtos da Floresta (APF), organização canadense que regula empresas do setor de madeira e celulose, e uma coalizão de nove ONG´s, entre elas o Greenpeace, selou oficialmente moratória de três anos para derrubadas na Floresta Boreal do Canadá. O acordo cobre uma extensão de florestas públicas de 72 milhões de hectares – ou duas vezes o tamanho da Alemanha. Destes, 29 milhões de hectares são de Floresta Boreal, a maior e mais antiga da América do Norte. Sua paisagem de rios, lagos, rochedos e gramíneas é lar para animais selvagens, entre eles, uma espécie de alce em perigo de extinção, santuário para milhões de aves migratórias, além de ser um dos maiores estoques terrestres de carbono do planeta, armazenando 25 bilhões de CO2, ou o equivalente às emissões de 12 bilhões de carros por ano. Além da moratória, as empresas membros do APF, que fazem uso de dois terços de todas as florestas certificadas do Canadá para fabricação de derivados de madeira, como fibra, polpa de celulose e papel, comprometem-se a seguir padrões de manejo ambiental pioneiros no mundo e desenvolver planos de longo prazo para a recuperação da floresta e proteção da espécie de alce ameaçada. “Esta é nossa melhor chance de salvar o alce destes bosques, proteger permanentemente a Floresta Boreal, garantir o armazenamento de um imenso estoque de carbono mundial e estabelecer práticas responsáveis inéditas para nossas florestas”, comemora Richard Brooks, Coordenador da Campanha de Florestas do Canadá. Avrim Lazar, presidente da APF, também celebrou a coalizão com os ambientalistas: “As empresas que compõe a Associação identificaram uma forma mais inteligente e produtiva de conciliar desafios econômicos e ambientais” O acordo coroa uma ação de sete anos em favor da conservação da Floresta Boreal canadense. Em agosto de 2009, o Greenpeace também conseguiu que a fabricante de lenços de papel e papel higiênico Kimberly-Clark, detentora das marcas Kleenex, Scott e Huggies, zerasse o uso de fibra proveniente de florestas ameaçadas ou importantes para conservação no Canadá. “A vitória obtida pelo Greenpeace e outras oito ONGs contra os destruidores das florestas no Canadá, consolidada no acordo assinado hoje, além de grande notícia para a biodiversidade e o clima no planeta, demole o discurso pseudo-nacionalista de gente como o deputado Aldo Rebelo e a bancada da motosserra no Congresso, que justificam o desmatamento acusando quem defende florestas aqui de fazer parte de uma conspiração imperialista contra o desenvolvimento do Brasil”, diz Paulo Adário, diretor da Campanha de Amazônia do Greenpeace brasileiro.
Em alguns séculos as florestas canadenses quase foram dizimadas para a produção de celulose e de móveis finos, e ações de cunho para proteger essas florestas são bem-vindas, porque praticamente todos os ecossistemas da América do Norte estão destruídos pela exploração e crescimentos das cidades, principalmente dos Estados Unidos. Infelizmente no Brasil há comentários de vários políticos como o deputado Aldo Rebelo contra ações de ONGs para a proteção do meio ambiente, através de comentários esdrúxulos dizendo que discursos de proteção ambiental poderiam afetar a soberania brasileira, sendo eles de cunho imperialista. Mas claro que deputados como Aldo Rebelo que tem várias terras em localidades que são patrimônios naturais como na região Amazônia, corroborando assim para a defesa do desmatamento para a criação de gado e expansão da fronteira agrícola.Por isso quando os interesses financeiros são tocados não importa o que esteja em jogo nas questões ambientais para os políticos brasileiros, por isso percebemos na votação de leis a cerca do meio ambiente sempre é defendido o que não vai prejudicar a bancada do motor serra e a ruralista, dando bases para que o meio ambiente seja prejudicado.
Vania Costa / Cristina Cavaleiro
Foi deflagrada na manhã de sexta-feira (21), pela Policia Federal, a Operação Jurupari, para reprimir a extração, transporte ou comércio ilegal de produtos da Amazônia. A PF cumpre 91 mandados de busca e apreensão e 91 mandados de prisão preventiva em diversos municípios de Mato Grosso e de outros estados.
A mulher do Presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PP) ,a coordenadora da Sala da Mulher da Assembléia Legislativa de Mato Grosso , Janete Riva foi presa na manhã de hoje pela Policia Federal em Cuiabá.
A operação tem o objetivo reprimir a extração, transporte e comércio ilegal de produtos florestais na Amazônia mato-grossense, principalmente aqueles provenientes do interior e no entorno das áreas protegidas pela legislação federal, tais como: terras indígenas, Parques Nacionais e Áreas de Preservação Permanente , PPPS.
Além de Janete Riva, também foram detidos o assessor Adilson Figueiredo, Rodrigo Spinelli (filho do ex-conselheiro do TCE, Ubiratan Spinelli), Marcelo Mendonça (proprietário rural de Alta Floresta), Lene Pereira de Miranda (engenheira em Cuiabá), Luciana Esteves (coordenadora de geoprocessamento da Sema), Carlos Vitor (servidor da Sema), o secretário de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, o ex-superintendente da Sema, Afrânio Migliari, Silvio Corrêa, chefe de gabinete do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB) e três engenheiros florestais que ainda não tiveram seus nomes divulgados.
Os mandados de prisão foram determinados pelo juiz federal da Primeira Vara de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva. De acordo com a assessoria de imprensa da presidência da Assembléia, não consta nenhum mandado contra o deputado José Riva. O genro de Riva, identificado apenas como Nino, está na Superintendência da Polícia Federal de Cuiabá.
Em entrevista coletiva concedida há pouco na Assembléia Legislativa, o deputado José Riva (PP), presidente da Casa, disse não ter dúvida nenhuma que essa operação tem viés político e que, na impossibilidade de prendê-lo, acabou prendendo sua mulher, Janete Riva, que é a pessoa mais próxima dele (Riva). Irritado diante das acusações de crime ambiental, Riva desafiou o juiz federal Julier Sebastião da Silva e o procurador Mário Lúcio Avelar a irem à sua fazenda fazer uma vistoria "in loco".
"Se eles forem lá e encontrarem qualquer indício de crime ambiental eu dou a fazenda de presente para eles", afirmou Riva.
Além de Mato Grosso a operação foi deflagrada nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Espírito Santo e está ligada ao combate a crimes ambientais, em pelo menos dez municípios da região norte de Mato Grosso. De acordo com a PF, aproximadamente 200 policiais federais estão neste momento cumprindo mandados de prisões temporárias, além de buscas e apreensões de documentos.
Ainda segunda a PF, policias estão também em Cláudia, Feliz Natal, Marcelândia, Itaúba e Tabaporã. Entre os que devem ser presos, estão madeireiros, engenheiros florestais e despachantes de notas. Há informações que uma quadrilha estava agindo para conseguir liberação de projetos de manejo de forma fraudulenta.
Conforme um policial que participa da operação, a fraude ocorria com a elaboração de plano de manejo fraudulento. Com a documentação em mãos, os madeireiros conseguiam “esquentar” madeiras retiradas ilegalmente da mata, inclusive em área de preservação ambiental.
Dentre as principais irregularidades constatadas estão fraudes na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos, até mesmo no interior de áreas protegidas, como Terras Indígenas, disponibilidade de créditos florestais fictícios, e que permitem o desmatamento e retirada ilegal de madeira, de áreas não documentadas, especialmente de terras públicas e áreas protegidas, como terras indígenas, assentamentos do INCRA e unidades de conservação; e Transporte, processamento e comercialização destes produtos florestais pelas serrarias e madeireiras, as quais recebem o produto “esquentado” com documentação fraudulenta, abastecendo e incentivando, portando, todo o esquema.
As investigações começaram a dois anos através de exames periciais prévios realizados pelo órgão. Foram apuradas irregularidades praticadas por servidores, engenheiros e proprietários em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais.
Dentre os presos, além de madeireiros e proprietários rurais, estão engenheiros florestais e servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) que eram responsáveis por produzir e aprovar licenciamentos e Planos de Manejo Florestal fraudulentos, necessários à legalização e comércio de madeiras extraídas no interior dessas áreas públicas.
Após interrogatório, os presos serão encaminhados ao Sistema Prisional e responderão pelos crimes de formação de quadrilha; corrupção ativa/passiva; furto; grilagem de terras; falsidade ideológica; inserção de dados falsos em sistema de informática, além de diversos crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais.
A pedido da Polícia Federal, a Justiça Federal em Mato Grosso também decretou seqüestro e indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos, bem como o afastamento preventivo de todos os servidores indiciados. A medida se fundamentou na prova pericial produzida, que comprova que, além de diversos dos envolvidos possuírem movimentações financeiras incompatíveis com seus rendimentos declarados à Receita Federal. O valor mínimo dos danos ambientais causados pelos investigados, nestes últimos anos, somado, é de aproximadamente R$900.000.000,00 (novecentos milhões de reais).
Os valores destes danos encontram-se devidamente avaliados e descritos, por empresa ou propriedade rural, em quase uma centena de laudos periciais elaborados pelo Setor Técnico-Científico da Polícia Federal em Mato Grosso. De posse desses dados, a Justiça Federal pôde individualizar, para cada um dos investigados, seus ganhos financeiros e prejuízos causados ao meio ambiente, decretando o seqüestro e indisponibilidade de seus bens.
O Jurupari aparece nas lendas tupis e também no folclore de tribos indígenas das mais diversas procedências. É uma entidade enviada pelo Sol para reformar a Terra. É Jurupari quem faz cumprir as leis. Segundo a crença, a Jurupari não se pede perdão, não há súplica que o abrande, ele exige estrita obediência às leis.
Apesar das prisões que foram efetuadas na última sexta-feira em todo o Brasil, por volta de 90 mandatos foram cumpridos, principalmente em Mato Grosso. Ainda nesta segunda-feira dia 24, mais alguns mandatos foram expedidos pela Justiça federal contra várias autoridades envolvidas no esquema de aprovação de licença para desmatamento de regiões da Amazônia legal,
Nesta realidade nota-se que aqueles que deveriam estar protegendo o meio ambiente estão usando da autoridade que tem para usufruto e de esquemas de enriquecimento dos envolvidos, destruindo milhares de quilômetros quadrados de matas que já foram instituídas como Áreas de Preservação Permanentes (APPs) em localidades não só da Amazônia, mas também de Parques Nacionais como o da Chapada dos Gruimarães no sul de Mato Grosso.
Tais prisões vêm de encontro com o anseio de muitos em ver as leis ambientais sendo cumpridas, que teoricamente são perfeitas, mas infelizmente na prática não tem tanta eficácia deixando de ser validadas por autoridades como estas que foram detidas, e são usadas para interesses escusos.Agora vamos acompanhar o “desenrolar” dessa prisões se não acabar em ajeitamentos políticos como é de praxe no Brasil na maioria dessas operações.Como sempre as operações da Polícia Federal são sugestivas, peçamos a Jurapari que tome conta do meio ambiente do nosso país, porque só assim tais devastadores do meio ambiente serão punidos.